No último dia 25/01, segunda-feira, participei como ouvinte/aluno da 23ª edição do Curso de Técnicas de Entrevista para Detecção de Mentiras, realizado no Clube Thompson, em Porto Alegre. Fui convidado por diversas vezes pelo Thompson Cardoso e não tinha agenda. Só agora, em férias, pude participar.
Já tinha realizado, em 2003, um curso pela New Scotland Yard e Senasp (Brasília/DF). Vou destacar alguns aspectos do curso para que os leitores tenham em mente o que é tratado durante as cinco horas do curso (são cinco horas mesmo!).
O conteúdo: além da apresentação dos conceitos, são realizados exercícios práticos, tendo como base as técnicas utilizadas atualmente pelo FBI e New Scotland Yard, tanto para entrevista de suspeitos e testemunhas, visando detecção de mentiras e correta inferição de veracidade.
Pela característica vivencial do curso, as técnicas são assimiláveis e passíveis de se tornarem ferramentas imediatas de aplicação em atividades de Inteligência Policial, quer para coleta de informações, cooptação e/ou recrutamento de informante, avaliação da equipe de inteligência pelo seu coordenador, entrevista de testemunhas, suspeitos e, principalmente, de quem não saiba que está sendo entrevistado ou que deliberadamente tente esconder informações.
O palestrante: Thompson Cardoso, Policial Civil em atividade no DEIC/RS; Engenheiro Civil/UFRGS e Instrutor de Tiro há 32 anos; Oficial R2 do Exército Brasileiro e Membro Honorário da Força Aérea Brasileira; participante de diversos cursos com equipes SWAT americanas e FBI; palestrante em diversos Congressos e Seminários, nacionais e internacionais, empresas, entidades de classe e unidades de ensino (Unificado, Ulbra, dentre outras); Pós-graduando em Gestão Estratégica para Prevenção da Violência na UNISINOS (onde será meu aluno!) e novel integrante do corpo docente da Acadepol na disciplina de Inteligência Policial.
Segundo Thomspon, com esta edição já foram formados cerca de 700 alunos, isso em menos de 2 anos, e, destes, cerca de 50 Delegados de Polícia e 300 agentes (Comissários, Escrivães, Inspetores e Investigadores), todos na ativa.
Feedback do curso e seus resultados: Thompson referiu, durante as aulas, que é extremamente satisfatório saber, em contínuo processo de feedback de ex-alunos, o quanto de resultados positivos se obtém, na prática, imediatamente após a participação no Curso.
Exatamente em todas as aplicações para as quais o curso se direciona e em tantas outras para as quais também pode ter seu conteúdo aplicado, como em: processos investigativos; gerenciamento de interrogatório, obtendo confissões reais e espontâneas; formação probatória via produção de narrativas em entrevistas que formem o almejado convencimento do Ministério Público, visando o oferecimento de denúncia; em Inquéritos Policiais, que o motivem; ao Judiciário, durante os depoimentos de testemunhas e interrogatório dos réus; base para decretação de prisões, muitas vezes coroando de êxito o objetivo final do trabalho de Polícia Judiciária.
É interessante observar o quanto o setor privado está interessado nestas técnicas, onde vários dirigentes de grandes empresasde todo o Brasil, das áreas de Recursos Humanos, Chefes de Seção etc., já participaram do curso e saíram satisfeitos com os ensinamentos adquiridos. Além disso, vários outros profissionais buscam os conhecimentos da área, tendo eu como colegas de curso um juiz do trabalho, gerentes de recursos humanos, setor bancário e empresários da serra gaúcha.
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