Autor:: Por Jaimildo Vieira* Fonte: Convergência Digital | :: 06/04/2009 |
Para preservar a segurança das redes de computadores, não basta evitar as invasões de hackers e spywares. Se faz necessário garantir a não-evasão de informações confidenciais que compõem o diferencial competitivo das organizações.
Somente em 2008, as invasões, atos de vandalismo e furtos de informações confidenciais custaram às empresas prejuízos mundiais calculados em US$ 1 trilhão, por especialistas da área de segurança. E não sem razão. De 2007 para 2008, as tentativas de fraude cresceram 209%.
Informações divulgadas pelo CERT.br, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil mostram que, somente no ano passado, os cybercrimes somaram 140.067 relatos. Isso sem contar os não divulgados, apenas porque as empresas temem que a notícia lhes arranhe a imagem.
"O que está acontecendo?", perguntam-se os executivos de negócios. Os gestores de sistemas de Segurança da Informação nem sempre sabem o que responder à diretoria e aos investidores, que, naturalmente, lhes cobram resultados.
O que acontece, na realidade, é que não basta dotar a rede de sistemas de antivírus, firewall, antispam e detector de intrusões. Não bastam sistemas de criptografia, por exemplo, para prevenir roubo, cópia ou extravio.
E não bastam por uma razão simples: mais de 80% dos ataques são perpetrados por colaboradores insatisfeitos, desavisados ou despreparados para lidar com informações estratégicas que precisam ser preservadas do furto, da inconfidência ou mesmo da bisbilhotice.
Temos observado algumas empresas implantam trancas eletrônicas, mas mantêm as portas de madeira e de metal desassistidas. Colaboradores e funcionários entram e saem não pela rede, mas por estas portas. E levam consigo papéis, fitas, disquetes, CDs e pen drives, que podem conter informações que deveriam estar guardadas a sete chaves.
Os executivos criptografam e criam senhas de acesso a essas informações, mas nem sempre disseminam a cultura de que senhas são extremamente confidenciais. O que fazer, então?
Gestores de Segurança da Informação podem contar com tecnologias não intrusivas para inventariar o acesso a dados confidenciais, permitindo monitoramento, relatórios de acesso a gestores e usuários, e, em último caso, bloqueio de usuários não autorizados.
Na luta contra o cybercrime, não basta a inteligência das máquinas. Segurança é uma questão de comportamento humano. Não se esqueça: Os cybercrimes não acontecem somente com seus concorrentes.
*Jaimildo Vieira é diretor da NetSafe Corp., empresa especializada em soluções de segurança e gerenciamento em TI
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