O Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br) anunciou nesta semana, segundo a matéria abaixo, recomendações aos provedores de acesso e provedores de banda larga - cujo principal foco são os usuários domésticos - visando travar a propagação de spams. Existem críticas a essa medida, já que outras medidas, v.g., os certificados digitais (bastante restritos aos usuários domésticos), poderiam auxiliar para diminuir os spams de todo mundo. Veja a notícia, do G1.com.br:
O Brasil já aparece há anos nos rankings de principais propagadores de spam de todo o mundo, um título que não representa motivo de orgulho. Com o objetivo de mudar esse cenário, o Comitê Gestor da Internet (CGI) anunciou nesta quinta-feira (21) a recomendação de práticas que serão adotadas, nos próximos meses, por provedores de acesso e também operadoras de banda larga com foco nos usuários domésticos.
A proposta “gerência da porta 25” dificulta a ação dos spammers que utilizam computadores infectados no país para propagar milhões de mensagens não-solicitadas (saiba aqui como funciona essa prática). Tecnicamente, nada mudará para os internautas. Os provedores é que vão trocar a porta usada por clientes de e-mail, como o Outlook, para o envio de mensagens: a de número 25 dará lugar à porta 587, criando um obstáculo para os criminosos que propagam spam.
Por conta de o país ter muitos internautas e diversos computadores desprotegidos, sua infraestrutura é bastante eficaz para spammers de diversas partes do mundo -- China e Taiwan lideram esse tipo de uso indevido (ou abuso) da banda larga brasileira, que torna a rede mais lenta.
Conforme os provedores e operadoras aderirem à recomendação, os computadores domésticos se tornarão incapazes de repassar -- sem o intermédio dos provedores de acesso -- uma grande quantidade de e-mails, como acontece quando essas máquinas se tornam escravas de spammers. Com a proposta do CGI, toda mensagem terá de passar obrigatoriamente pelos provedores de e-mail, que poderão identificar e também impedir a ação dos spammers.
Configuração
Segundo o CGI, deve demorar cerca de um ano para que a iniciativa seja colocada em prática de forma eficaz. Além da participação das empresas, os internautas que utilizam e-mails de provedores de acesso também terão de mudar a configuração de suas máquinas – quando for a hora de fazer isso, diz o comitê, os clientes serão contatados pelos provedores, que passarão as instruções (a alteração é realizada em menos de um minuto). Os usuários de webmail, como Gmail e Hotmail, não precisarão reconfigurar nada.
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