No encontro foi reiterado que, durante este período não haverá qualquer mudança na atual direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que está interinamente dirigida por Wilson Trezza, no cargo desde setembro, quando da saída de Paulo Lacerda em decorrência de denúncias de envolvimento do órgão na Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF).
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Armando Félix, apresentou o modelo de agência que o Brasil tem hoje, as suas necessidades e as dificuldades. Um estudo comparativo com outros serviços de inteligência de outros países apresentado mostrou, por exemplo, que a Argentina tem um orçamento em dólar dez vezes maior do que o Brasil. O serviço da Alemanha tem um orçamento 40 vezes maior. Em relação ao efetivo, o da agência Argentina é o dobro do brasileiro.
A Abin, que vive uma crise de identidade e precisa recuperar a sua imagem, tem 1400 funcionários, um orçamento total de mais de R$ 200 milhões, sendo R$ 50 milhões para custeio e apenas R$ 10 milhões para uso exclusivo em inteligência. Na reunião, o general Felix fez questão de lembrar ainda que as propostas de alteração na legislação de inteligência consideradas importantes para o novo modelo que se deseja e que dependerem de aprovação de projetos pelos parlamentares têm de ser discutidas e encaminhadas ao Congresso ainda este ano, porque em 2010 haverá eleições e as dificuldades de votação são inúmeras. (Tânia Monteiro)
Fonte: Agência Estado
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