Uma estimava do número de computadores infectados pelo vírus Conficker aponta o Brasil como o segundo país com mais endereços de IP infectados, atrás apenas da China. O endereço IP é o número atribuído a cada sistema na internet, o que significaria que o País teria também o segundo maior número de computadores infectados. A pesquisa foi realizada pela empresa de segurança F-Secure e divulgada na terça-feira (13).
A companhia de segurança detectou 38.277 IPs infectados na China e 34.814 no Brasil. Rússia, Índia, Ucrânia, Itália e Argentina aparecem na sequência, mas com números inferiores: 24.526 na Rússia e 11.675 na Argentina. O número de IPs não se traduz diretamente em número de computadores infectados -- o número de PCs é sempre maior do que o número de IPs.
Os países mais infectados:
IPs infectados | País |
38.277 | China |
34.814 | Brasil |
24.526 | Rússia |
16.497 | Índia |
14.767 | Ucrânia |
13.115 | Itália |
11.675 | Argentina |
11.117 | Coreia do Sul |
8.861 | Romênia |
6.166 | Indonésia |
Para determinar o número de computadores infectados, a F-Secure aproveitou-se do recurso de atualização automática do vírus. Para não ser desativada, a praga não utiliza um endereço único de controle, mas acessa vários sites pré-determinados todos os dias procurando por algum que poderia controlá-la. Para continuar controlando as máquinas infectadas, o criminoso precisa apenas manter um desses sites em operação.
Isso permitiu que a F-Secure também registrasse alguns dos endereços pré-determinados e obtivesse acesso à rede de máquinas infectadas pelo vírus. A empresa detectou centenas de milhares de endereços IP tentando uma conexão ao falso “computador de controle” criado para a pesquisa. Como vários computadores podem estar atrás de um único IP, a estimativa final da F-Secure -- considerada “conservadora” pela empresa -- ficou em aproximadamente 2,4 milhões de computadores infectados.
Os especialistas finlandeses poderiam também desinfectar em massa os sistemas, porém a F-Secure prefere não fazê-lo por razões legais.
Para combater a praga, a Microsoft adicionou a detecção e remoção do Conficker ao Malicious Software Removal Tool (MSRT), uma ferramenta de remoção de código malicioso que é baixada pelo Windows Update e pelas atualizações automáticas.
Quem ainda não instalou a atualização deve fazê-lo o mais rápido possível usando o Microsoft Update (http://www.update.microsoft.com/microsoftupdate/) ou as atualizações automáticas, acessíveis pelo Painel de Controle.
Fonte: G1.com.br - Tecnologia, por Altiere Rohr
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